Saturday, January 20, 2007

Sundance - O Caso de Dakota e "Hounddog"

O escândalo à volta do filme “Hounddog” é intensa. O filme de Deborah Kampmeier (que pode ver no video aqui neste blog), tem a sua primeira exibição dia 22 deste mês em Sundance e tem como protagonista a “child actress” Dakota Fanning (que vimos ultimamente em “A Guerra dos Mundos”) é um filme com uma intensa carga sexual, alvo de criticas vindas de todos os lados. Segundo Trevor Groth, autor do texto sobre o filme que aparece no catálogo do Festival de Sundance, Lewellen (a personagem de Dakota) “é como um lírio a crescer num pântano, uma rapariga sulista que erradia esplendor por entre a escuridão que a rodeia. Criada por um pai abusivo e uma avó terrivelmente disciplinadora, Lewellen encontra conforto, alegria e força na música, sendo obcecada por Elvis Presley. Para além da música, brincar nos bosques com o seu amigo Buddy, traz-lhe momentos de felicidade. As suas brincadeiras tomam, por vezes, os caminhos das inocentes brincadeiras sexuais, no entanto é notório que Lewellen tem algo na sua história que é doloroso e que guarda dentro de si.” Groth continua dizendo que “Hounddog” é “um conto gótico sobre uma rapariga do sul que encontra forças para ultrapassar as suas dificuldades. No entanto, este filme tem uma extraordinária representação de Dakota Fanning, que agarra um papel dificílimo e que seria um imenso desafio para qualquer actor assustando o mais experiente dos actores. Dakota transmite uma força, uma atenção e uma ferocidade que deixará o público abananados no seu mais íntimo. A realizadora Deborah Kampmeier tem um toque delicado ao mexer em temas horríficos o que faz com que o seu impacto seja ainda maior.” É este filme que tem vindo a suscitar a maior das controvérsias tendo em conta que Dakota faz Buddy baixar as calças prometendo-lhe beijos, dorme ao lado do pai nu, obriga dois rapazes a despirem-se e a beijarem-se e é protagonista de uma fortíssima cena de violação. Uma rádio da Carolina do Norte (onde o filme foi rodado) leu o argumento e divulgou-o num programa que defende os valores familiares, o processo foi-se desenvolvendo e há até duas petições on-line (uma delas conta já com cerca de 750 assinaturas) sendo que uma exige às autoridades que acusem a realizadora de “exploração sexual de uma menor” e a outra pede que “prendam a mãe doente e a agente de Dakota Fanning e impeçam a distribuição do filme”.
Deborah Kampmeier com o apoio dos outros actores do filme Robin Wright Penn e David Morse “recusa a acusação de ter obrigado uma adolescente a passar por experiências emocionais traumáticas. E disse ainda “suspendam os juízos morais e vejam o filme”. A agente da actriz, Cindy Osbrink, fala de um projecto que “desafiou” o “talento” de Dakota, que aqui teve uma das “melhores experiências da sua vida” de intérprete”. A realizadora diz ainda que pensa que aquilo de que a acusam é fazer passar a actriz pela simulação de uma violação, esclarecendo que “A cena nunca foi filmada do principio ao fim, foi feita ao longo de vários takes entrecortados, A construção é que cria a sensação da violência mas não representa de maneira nenhuma o ambiente no plateau nem houve nada que pudesse traumatizar a Dakota, especialmente porque houve muitos ensaios” e segundo o que consta, tanto a mãe como a agente da actriz estiveram presentes durante toda a rodagem do filme. Pois é, as crianças vão crescendo, as sociedades evoluindo, mas o sul será sempre o sul. Pois nós esperamos pelo filme em Portugal.

3 comments:

Cia da Alegria said...

Mais é claro que esse fime tem que rolar, pois é um filme que pode mudar conseitos de muitos, mudar corações...
Esse filme mostra ser muito rico em contexto... no elenco nem se fala, só de termos a pequena notavel Dakota Fanning, já é um motivo para levar esse filme pra casa, cinema...

espero muito ver esse filme....

Anonymous said...

olha naum sei de quem esse blog mais queria saber mais sobre o filme e saber quando lançaram quando vai ser estreiado em outros paises obrigado
meu e-mail é dudu__021@hotmail.com.br com dois traços em baixos

Anonymous said...

Ela, Dakota, parece, em muitos momentos similar à atuação em outros filmes. Acho, sim, a cultura do ambiente sulista americano muito parecida com a de locais vários interioranos, senão bem urbanos, de muitos países, inclusive, no Brasil. De verdade, esse tipo de filme me incomoda, mmais pela tônica de toda a história do que pelo momento que foi tão falado sobre a exposição à violência a que a personagem é submetida.É isso!