Indie 28.000
IndieLisboa 2007: Festival já cativou mais de 28 mil espectadores
Uma semana após o início, a quarta edição do Festival de Cinema Independente de Lisboa já ultrapassou o número de espectadores do ano passado: 28 mil. Com dezanove sessões esgotadas, os filmes mais vistos até ao momento foram: “Fay Grim”, de Hal Hartley; “A Scanner Darkly”, de Richard Linklater e “Life in Loops: A Megacities Remix”, de Timo Novotny.
Contudo ainda há muitos mais filmes para ver até ao próximo domingo, dia 29 de Abril, dia em que o festival termina. Amanhã é exibida a última longa metragem da Competição Internacional, “Pas Douce”, de Jeanne Waltz (21h45, Cinema São Jorge). Frédérique, a quem todos chamam apenas Fred, é enfermeira numa pequena cidade suíça, junto à fronteira com a França. Descontente com ela própria, revoltada com o mundo, é assaltada por pensamentos suicidas, mas no calor do momento acaba por atingir o estudante Marcos. Os dois reencontram-se no hospital, sem que ele suspeite que foi ela a causadora dos seus ferimentos. Fred começa então a descobrir afinidades com o jovem estudante. Emocionalmente instável, as suas atitudes não conhecem o meio-termo. Jeanne Waltz leva-nos, de forma arrojada mas ao mesmo tempo subtil, a uma reflexão sobre os mistérios da psique humana e das muitas razões que levam as pessoas a assumir comportamentos desviantes.
Às 23h30, no Cinema São Jorge, é exibido mais um filme da secção IndieMusic: "The Old Weird America: Harry Smith´s Anthology of American Folk Music", de Rani Singh, uma ecléctica viagem através da “Velha América Profunda”. O documentário de Rani Singh exige que “aceleremos o passo” para conseguirmos acompanhar a enorme variedade e rapidez das imagens, que nos transportam através da monumental “Harry Smith´s Anthology of American Folk Music”, um século inteiro de história da música folk, nos Estados Unidos da América. Recorrendo a um fantástico conjunto de entrevistas, o historiador de música popular Greil Marcus conduz-nos através da célebre antologia estabelecida por Harry Smith, da sua origem, contexto e influências não só na música, mas também na sociedade em geral. Este documentário é também um tributo a Harry Smith, que além de grande coleccionador discográfico, foi um dos mais importantes realizadores de cinema experimental, do último século. O filme inclui incríveis materiais de arquivo e reúne entrevistas e actuações de músicos como Elvis Costello, Beck, Sonic Youth, Berth Orton e Philip Glass, entre muitos outros. Uma incrível viagem numa montanha-russa musical.Mas antes disso, não perca a última mesa redonda subordinada ao tema “As novas práticas audiovisuais na fronteira cinema/arte contemporânea” (17h00, Cinema São Jorge). Com moderação do programador da Cinemateca Francesa François Bonenfant, a conversa conta ainda com a participação de Matthieu Orléan (curador de exposições da Cinemateca Francesa) e Géraldine Gomez (programadora de cinema do Centre Georges Pompidou). A entrada é livre.Aproveitamos ainda para anunciar que, pelo segundo ano consecutivo, a festa de encerramento será organizada pelo Projecto Marginal.
Convidados a participar na festa estão os seguintes artistas: Nos DJ sets a glamorosa Miss Nicotine e Fernando Morgado, residente no Bar Incógnito. No Live Act, uma simbiose perfeita entre o vídeo e a musica pelos melhores naquilo que fazem, Vídeo House Stars e Dj Ride com Riding in The Stars. O VJing estará a cargo dos mesmos V.H.S.
Dia 28 de Abril pelas 23h, o ambiente vivido no festival transpõe-se para um grand finale no Armazém C2, da Gare Marítima de Alcântara, com o rio Tejo como personagem secundária.
Resumindo, Sábado 28 de Abril, 23h, Gare Marítima de Alcântara, Armazém C 2 , Festa de Encerramento do IndieLisboa 2007. Entrada 4 euros.