Saturday, May 5, 2007

Tribeca 2007 - Prémios


World Narrative Feature Competition
Prémio Best Narrative Feature
Filme: My Father My Lord (Hofshat Kaits)
Realizador: David Volach

Best New Narrative Filmmaker
Filme: Two Embraces (Dos Abrazos)
Realizador: Enrique Begne

Melhor Actor num Narrative Feature
Actor: Lofti Ebdelli
Filme: Making Of (Akher Filme)
Realizador: Nouri Bouzid

Melhor Actriz num Narrative Feature
Actriz: Marina Hands
Filme: Lady Chatterley
Realizador: Pascale Ferran

Melhor Argumento
Filme: Making Of (Akher Filme)
Argumentista/Realizador: Nouri Bouzid

Menção Honrosa para Argumento
Filme: Lost in Beijing (Ping Guo)
Argumentistas: Li Yu, Fang Li
Realizador: Li Yu

Menção Honrosa para Argumento
Filme: Half Moon (Niwemang)
Argumentista /Realizador: Bahman Ghobadi

World Documentary Feature Competition
Best Documentary
Filme: Taxi to the Dark Side
Realizador: Alex Gibney

Best New Documentary Filmmaker
Filme: A Story of People in War & Peace
Realizador: Vardan Hovhannisyan

Special Jury Mention
Filme: We Are Together (Thina Simunye)
Realizador: Paul Taylor

Short Film Competition, Narrative
Best Narrative Short
Filme: The Last Dog in Rwanda (Den sista hunden i Rwanda)
Realizador: Jens Assur

Special Jury Prize for Best Narrative Short
Filme: Super Powers
Realizadores: J. Mitchell Anderson, Jeremy Kipp Walker

Student & Documentary Short Competition
Best Documentary Short
Filme: A Son's Sacrifice
Realizador: Yoni Brook

Prémio Student Visionary
Filme: Good Luck Nedim (Sretan Put Nedime)
Realizador: Marko Santic

Filme: Someone Else's War
Realizador: Lee Wang

New York Competition
"NY Loves Film" - Documentary
Filme: A Walk into the Sea: Danny Williams and The Warhol Factory
Realizador: Esther Robinson

"Made In NY" - Narrative
Filme: The Education of Charlie Banks
Realizador: Fred Durst

Special Jury Recognition
Filme: The Killing of John Lennon
Realizador: Andrew Piddington

Wednesday, May 2, 2007

Sunday, April 29, 2007

Lauro António recebe Prémio de Carreira


Ontem, na cerimónia de encerramento dos Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, o realizador e critico Lauro António, recebeu o Prémio de Carreira, atribuido pela direcção daquele Festival. O produtor Henrique Espirito Santo foi quem apresentou o Prémio.

Lauro António (1942)
Licenciado em História, foi membro do Cine-clube Universitário de Lisboa e, mais tarde, director do ABC Cine-Clube. A cultura cinematográfica adquirida no movimento cineclubista leva-o ao exercício da crítica cinematográfica a partir de 1963 e, mais tarde, à coordenação da programação de algumas salas e à direcção de festivais de cinema.
O seu Prefácio a Vergílio Ferreira (1975) antecedeu a exibição do filme Cântico Final de Manuel Guimarães, baseado na obra homónima do escritor, que viria, anos depois, a ser figura indissociável da obra de Lauro António.
Como sucede(u) com outros cineastas da sua geração, particularmente activos após a Revolução de 25 de Abril de 1974, uma forte componente do seu trabalho destinou-se à televisão.
Vamos ao Nimas (1975) traçava um roteiro de indiscutível valor histórico das velhas salas de cinema da área de Lisboa. O Zé Povinho na Revolução (1977) é um repositório de caricaturas e fotomontagens surgidas na imprensa entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975. O documentário Bonecos de Estremoz (1978), realizado sob os auspícios do Instituto de Tecnologia Educativa, tem idêntico valor ao perpetuar em película uma arte típica do Alentejo prestes a desaparecer.
A estreia de Lauro António na longa-metragem dificilmente poderia ter sido mais feliz, já que pode dizer-se que patrocinou um reencontro entre o público e o cinema português. No final da década de 70 havia-se tentado a apresentação na televisão de séries baseadas em obras literárias; uma linguagem algo cinematográfica (e por vezes hermética, sobretudo tendo em vista o veículo televisivo) impedia o êxito de tais produções junto dos telespectadores. O caso mais polémico fora o de Amor de Perdição (1978), de Manoel Oliveira, cuja versão em episódios foi unanimemente considerada como pouco adequada à linguagem requerida pela televisão, contrariamente à versão cinematográfica, que, estreada depois, viria a merecer o aplauso da crítica.
Entre Outubro de 1978 e Abril de 1979, Lauro António realiza uma série de quatro episódios a partir da obra Manhã Submersa de Vergílio Ferreira (que, curiosamente, interpretaria um dos papéis). O êxito de público e crítica é assinalável, o mesmo se aplicando em 1980 à versão (mais curta) feita para cinema. A fluidez da narrativa e a cuidada interpretação (a cargo maioritariamente de actores com formação teatral, mas, o que nem sempre sucedia em filmes portugueses, "cinematograficamente" convincente) são ainda hoje apontadas como exemplares.
A série "Histórias de Mulheres", que realizou para a Rádio Televisão Portuguesa em 1983, consistia em quatro filmes baseados em igual número de obras de escritores portugueses e confirmou qualidades dum cineasta rigoroso: Paisagem com Barcos, a partir dum conto de Maria Judite de Carvalho, A Bela e a Rosa, um conto tradicional português, Mãe Genoveva, com base na obra homónima de Vergílio Ferreira, e Casino Oceano, a partir de "Week-End" de José Cardoso Pires.
O regresso à longa-metragem cinematográfica em O Vestido Cor de Fogo (1985), baseado numa obra de José Régio, revelou-se algo decepcionante em termos de aceitação por parte do público e da crítica.
Lauro António tem prosseguido a sua actividade como ensaísta e documentarista, tendo-se, porém, nos últimos anos mantido afastado do grande écran.
Alcides Murtinheira in Instituto Camões



Prémios IndieLisboa 2007

_Love Conquers All


FILMES PREMIADOS INDIELISBOA 2007

GRANDE PRÉMIO DE LONGA-METRAGEM (EX-AEQUO)
EL AMARILLO”, de Sérgio Mazza, fic., Argentina, 2006, 87`
LOVE CONQUERS ALL”, de Tan Chui Mui, fic., Malásia, 2006, 90`

GRANDE PRÉMIO DE CURTA-METRAGEM
THE TUBE WITH A HAT”, de Radu Jude, fic., Roménia, 24´
Menção Honrosa:“PLAC”, de Ana Husman, exp., Croácia, 2006, 10´

PRÉMIO DE DISTRIBUIÇÃO
PAS DOUCE”, de Jeanne Waltz, fic., França/Suíça, 2006, 84`

PRÉMIO TÓBIS MELHOR LONGA-METRAGEM PORTUGUESA
BALAOU”, de Gonçalo Tocha, doc., Portugal, 2007, 77´

PRÉMIO TÓBIS MELHOR CURTA-METRAGEM PORTUGUESA
EXCURSÃO”, de Leonor Noivo, doc., Portugal, 2006, 24´


PRÉMIO RESTART MELHOR REALIZADOR CURTA-METRAGEM
NUNO BERNARDO, “PRIMEIRO VOO”, fic., Portugal, 2006, 10´

PRÉMIO MELHOR FOTOGRAFIA LONGA-METRAGEM PORTUGUESA FUGIFILM/AIP
BALAOU”, de Gonçalo Tocha, doc., Portugal, 2007, 77´

PRÉMIO ONDA CURTA
ADULTS ONLY”, de Yeo Joon Han, fic., Malásia, 2006, 10´“BUGCRUSH”, de Carter Smith, fic., EUA, 2006, 36´“LE COUDE DE KIYUMI, LE GENOU DE SAYURU”, de Satoru Sugita, fic., Japão, 2006, 5´“THE FLAG“, de Koken Ergun, doc., Turquia, 2006, 9´
Menção Honrosa:“EXCURSÃO”, de Leonor Noivo, doc., Portugal, 2006, 24´

PRÉMIO DO PÚBLICO JOHNNIE WALKER MELHOR LONGA-METRAGEM
FOREVER”, de Heddy Honigmann, doc., Holanda, 95`

PRÉMIO DO PÚBLICO JOHNNIE WALKER MELHOR CURTA-METRAGEM
VOYAGE EN SOL MAJEUR”, de Georgi Lazarevski, doc., França, 2006, 54´

PRÉMIO FIPRESCI
FALKENBERG FAREWELL“, de Jesper Ganslandt, fic., Suécia, 2006, 88´

PRÉMIO AMNISTIA INTERNACIONAL
HALF MOON”, de Bahman Ghobadi, fic., Irão, 2006, 114´
Menção Honrosa: “NO DAY OFF”, de Eric Khoo, fic, Coreia do Sul, 2006, 30`

PRÉMIO INDIEJÚNIOR - VICTORIA SEGUROS
A SUNNY DAY”, de Gil Alkabetz, anim., Alemanha, 2007, 6´

IMAGO V. ICAM


Publicamos a nota de imprensa emitida pelo Festival IMAGO.


A CINEMA JOVEM – Produção de Eventos Culturais, CRL, organizadora do Festival IMAGO tem neste momento em curso no tribunal um processo contra o ICAM relativo aos resultados do Concurso Público de Apoio à Realização de Festivais Nacionais 2006.

No referido concurso, a que concorremos com o projecto para a realização do IMAGO 2007 obtivemos o quarto lugar na classificação e um apoio financeiro de 50.000 euros. Um valor muito aquém do pedido pela organização (69.000 euros) e que consideramos injusto tendo em conta a classificação final (classificação que, salientamos, não é em si o motivo da contestação), 7,64 pontos, quando comparada com a classificação do terceiro classificado, o Festival de Tróia, com 7,67 pontos e 75.000 euros de apoio.

Esta diferença de 3 centésimas é a mesma diferença existente entre os primeiro e segundo classificado, respectivamente o Doc Lisboa (8,36) e o Indie Lisboa (8,33), sendo que ambos os festivais acabaram por receber um apoio igual no valor de 80.000 euros cada um.

Mais abaixo na classificação há igualmente casos de diferenças pontuais semelhantes e atribuições de verbas menos dispares que aquela que nos separa do Festival de Tróia. Damos o exemplo do Festival Caminhos do Cinema Português, 6º classificado com 6,53 pontos e 22.000 euros e o Monstra – Festival de Animação de Lisboa, com 6,50 pontos e 20.000. A mesma verba, aliás, que é atribuída ao FICA 2007 – Festival Internacional de Cinema do Algarve, que obteve 6,06 pontos e se classificou no 9º lugar, logo seguido do 10º e último classificado a receber apoio financeiro, o FIKE 2007, que com 6,03 pontos averba 15.000 euros.

Há em nosso entender uma clara diferenciação de critérios, que não podemos deixar passar em claro, apesar de, como Festival que tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos longe do grande centro decisor lisboeta e, portanto, oficialmente colocados à margem por aqueles que julgam ser detentores da verdade cultural neste País, já estarmos habituados a sobreviver com certas dificuldade. Ao invés de vermos essas dificuldades a esbaterem-se ano após ano devido aos excelentes resultados que obtemos a nível de público, por exemplo, e ao trabalho que desenvolvemos em termos de programação procurando sempre a inovação, a diferença, a aposta nos jovens artistas e o desafio constante a todos os milhares que nos visitam e que se deslocam ao Interior do País apenas por causa do que oferecemos, o que vemos é a perpetuação dos mesmos problemas e a constante falta de visão e de justiça por parte de quem decide.

Neste caso a diferenciação é óbvia e por isso mesmo não desistiremos e, serenamente e confiando nos tribunais, iremos até onde podermos de forma a que no futuro esta situação não se volte a repetir. Nem com o IMAGO, nem com qualquer um dos outros festivais que o ICAM decidir apoiar. Vamos pois requerer a anulação do respectivo concurso, com todas as consequências que dai advêm.

Numa primeira fase, ainda em Novembro, depois de sabermos os resultados do Concurso, apresentámos uma primeira reclamação e pedimos, como nos assiste, e de forma a melhor fundamentarmos o nosso protesto, que nos fosse facultado acesso aos dossiers de candidatura dos outros festivais de forma a que verificássemos os orçamentos apresentados e daí aferíssemos que percentagem representava o apoio do ICAM.
A consulta aos orçamentos foi-nos negada, pelo que a solução foi recorrer ao Tribunal. Depois de conhecermos os orçamentos, mais convencidos ficámos de que temos razão. Na resposta apensa ao processo instrutório que corre no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, o ICAM defende-se com o facto de nenhum apoio concedido exceder os 50% do valor do custo (ou seja do orçamento que cada um apresentou), nem 20% do montante global a atribuir (412.000 euros), observando os limites máximos legais a que obriga o Regulamento de Apoio Financeiro do Concurso, e diz ainda que não está obrigado a atribuir os apoios nessa medida, “Pelo Contrário, o Regulamento de Apoio Financeiro claramente atribui” ao ICAM “a faculdade de atribuição dos apoios no montante que entenda ser ajustado”.

Refere ainda o ICAM que os apoios podem variar, “igualmente – como sucedeu no caso em apreço – se os candidatos forem numerosos e o apoio a atribuir diminuto”.
Para atribuição do montante que se encontrava disponível, continua a resposta, o ICAM “orientou-se pelo critério da viabilização dos dez melhores projectos, para então decidir o montante do apoio a conceder”.
Muito bem, dizemos nós. O que não aceitamos é que situações iguais sejam tratadas de modo desigual, aleatória e discricionariamente. O que o ICAM fez no concurso que foi agora objecto de impugnação, foi distribuir a verba disponível a seu bel-prazer pelos dez candidatos, distribuição essa feita com ausência total de critérios que não o da vontade do júri.
Impugnamos pois o concurso, porque fomos tratados de forma desigual e discriminatória em relação aos restantes candidatos, de forma totalmente injustificada, sendo a fundamentação do ICAM circular: “o júri atribuiu aquelas quantias porque as quantias a receber são aquelas que o júri decidiu atribuir”…ou seja, com o completo desrespeito pelos mais basilares princípios constitucionais e da Lei Administrativa.
Diga o que disser o ICAM, a verdade dos factos é apenas uma: o IMAGO 2007 foi tratado de forma injusta e foi prejudicado na atribuição do apoio financeiro. Senão vejamos, a diferença entre o IMAGO 2007 e o Festroia 2007 foi exactamente a mesma que a diferença entre o Indie 2007 e o DocLisboa 2007; decisão do ICAM: atribuiu o mesmíssimo apoio ao Indie e ao DocLisboa, e deu menos 25.000,00 ao IMAGO em relação ao Festroia. Será que o critério utilizado foi a proximidade com a sede do ICAM? Queremos crer que não…
A legalidade da actuação do ICAM será agora apreciada no local próprio, ou seja, nos Tribunais Administrativos.

Pela Direcção da Cinema Jovem

Pedro Ramos

Sérgio Felizardo